segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Mulheres como pontos de Virada na História

 MULHERES COMO PONTOS DE VIRADA NA HISTÓRIA





 1 E DEU-SE A REVOLUÇÃO...


Em outubro de 1879, já tendo ocorrido a queda da Bastilha, a Corte francesa continuava a se banquetear no Palácio de Versalhes e o evento de 14 de julho era para o "ancien régime" apenas mais um superável incidente. Mas, não superado para um grupo de 6.000 mulheres analfabetas, donas de casa e trabalhadoras de mercados e açougues, que revoltadas com os preços dos alimentos e a carestia, marcharam furiosas, embaixo de chuva, rumo a Versalhes. Empunhando seus facões, machados e lanças, invadiram e destruíram os aposentos da Rainha, decapitaram os vigilantes, forçaram a volta da família real para o Louvre e fizeram a REVOLUÇÃO FRANCESA de fato, acontecer. Insuperavelmente.


Ainda que as mulheres sejam apagadas da história e na linguagem, REVOLUÇÃO é palavra FEMININA.


2 E DEU-SE A ANISTIA...


Transcorria o ano de 1975 no Brasil em plena  ditadura militar e apesar das guerrilhas, havia uma certa  acomodação dos movimentos sociais no Brasil. 

Mas esse estado de coisas mudou radicalmente quando a advogada e ativista, Therezinha Zerbini, fundou e presidiu o Movimento Feminino pela Anistia. Movimento devidamente legalizado e registrado, despertou, motivou e impulsionou outros movimentos, entidades, partidos políticos e a própria OAB, levando à criação do Comitê Brasileiro pela Anistia em 1978 e, finalmente à promulgação da LEI DA ANISTIA em 1979. 


Ainda que as mulheres sejam apagadas da história e na linguagem, ANISTIA é palavra FEMININA.


3 E DEU-SE A LIBERDADE...


D. Pedro I era reticente quanto à declaração da Independência do Brasil, mesmo sob a pressão de movimentos separatistas. Uma vez tendo o monarca viajado para São Paulo e Dona Leopoldina assumido a o Governo em sua ausência, a regente não teve dúvidas: Convocou o Conselho da Coroa e como sua Chefe, no dia 02 de setembro de 1822,  assinou o decreto separando o Brasil de Portugal. Chamou um mensageiro e o ordenou que levasse o decreto a D. Pedro I para que o referendasse. O mensageiro o encontrou no dia 7 de setembro nas margens do rio Ipiranga e diante do cerco emancipatório de Leopoldina, proclamou o documento já assinado pela Rainha.


Ainda que as mulheres sejam apagadas da história e na linguagem, INDEPENDÊNCIA é palavra FEMININA.


PARA QUE DESSES FATOS NUNCA MAIS SE ESQUEÇAM E QUE SE REGISTREM NA MEMÓRIA.


POR SER DE MÁXIMA JUSTIÇA.


CUMPRA-SE.

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