domingo, 6 de fevereiro de 2022

 EUGÉNIE DE MONTIJO






Era uma vez uma bela nobre espanhola, mas não princesa,  chamada Eugénia de Montijo. Um dia, em um baile, aquele que viria a ser o Imperador francês, Napoleão III, por ela se encantou e quis desposá-la. Nessa bucólica pintura a já Imperatriz Eugénie está cercada por suas damas de companhia. 

O que os contos de fada, por exemplo, não narram é que Eugénie foi a maior articuladora política das relações internacionais do Império Francês à época. Teve participação decisiva para que ocorresse a Segunda Intervenção Francesa no México com a criação do Segundo Império Mexicano, além de mediar a seu gosto e muitas vezes a despeito da vontade do Imperador, as relações entre o Império Francês e o papado, além de haver assumido a regência do Império Francês na ausência do marido por três vezes, dentre outras inúmeras ações políticas. Afora isso, como sói ocorrer com as futuras rainhas, teve educação esmerada, tendo, por exemplo,  como professor de história Stendhal e de francês, Prosper Mérimée. 

E pra quem não considera o assunto moda, uma frivolidade, segundo a professora da USP Gilda de Mello e Souza, Eugénie, não suportando mais usar tantas anáguas, teria feito o desenho de uma criolina (armação para vestidos em forma de gaiola) e apresentado-o a uma pequena fábrica que estava à beira da falência. A fabricação das criolinas e o seu sucesso teria levado a fábrica a tomar fôlego e a se recuperar de vez. O nome da fábrica era Peugeot...Mas, Eugénie, a bela Imperatriz com cabelos de cor castanho-Ticiano, por sua contribuição para o futuro, nunca chegou a ser recompensada com os novos produtos a serem fabricados pela Peugeot, após essa recuperação: guarda-chuvas, bicicletas,  automóveis...

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