RAINHA VITÓRIA
Emprega-se o termo "vitoriano" para retratar a austeridade e a moralidade de uma época sob o reinado da icônica Rainha Vitória da Inglaterra (1837-1901). Os livros de Michel Foucault estão inundados do termo "vitoriano" para designar uma era de forte repressão sexual.
O curioso é que Vitória, que a despeito das fotos sisudas da madurez, foi uma mulher bela na juventude, transgrediu, e não pouco. Foi uma das poucas nobres que se casou por amor e tendo sido acometida por paixão arrebatadora por seu primo, Albert, foi ela quem o pediu em casamento. Para as bodas, transgrediu na cor do vestido, uma vez que vermelho e verde é que eram as cores dos vestidos de noiva da nobreza, em razão do alto custo dos pigmentos.
Vitória quis se casar de branco e foi a partir dela que essa cor se tornou não apenas uma moda, mas uma ordem para as cerimônias nupciais. Ao ter a sua noite de núpcias regada a muito amor, muita paixão e muito sexo, escreveu: "Oh, Albert, Albert, nunca houvera tido uma noite celestial, assim!". E essa noite se repetiu por longos anos. Bela vitória de Vitória sobre a repressão sexual vitoriana...
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Tela: Rainha Vitória retratada por Franz Xaver Winterhalter.
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